PORTALEGRE - CERCI poderá encerrar por falta de receitas para pagar ordenados
A CERCI de Portalegre poderá ter de encerrar as suas portas por falta de receitas para fazer face ao pagamento dos ordenados dos mais de 50 funcionários da instituição, disse hoje à agência Lusa um dirigente sindical
«O mês de Agosto e o subsídio de férias estão ainda por receber», especificou Florinda Castanho, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE).
De acordo com a sindicalista, «uma fatia significativa dos trabalhadores» já está a ponderar a suspensão dos contratos, uma vez que «ainda não houve uma garantia por parte da instituição de que os salários irão ser pagos a curto prazo».
Contactado pela Lusa, o presidente da CERCI de Portalegre, João Serra Bonacho, confirmou o «momento difícil» que atravessa a instituição, com mais de 100 utentes.
«O futuro da instituição está em risco, digo-o sem receio, sem qualquer tipo de demagogia», afirmou.
Segundo o responsável, «as receitas não chegam para as despesas e este ano não houve subsídios de parte nenhuma, nem receitas extraordinárias».
«Temos vivido apenas das dotações que os diversos organismos que tutelam a CERCI vão mandando», salientou.
«Por muita contenção que se faça, as despesas são superiores e, se não conseguirmos outros apoios, não vamos conseguir levar a água ao moinho», sublinhou.
O Instituto de Segurança Social tem em mãos um projecto de reestruturação da instituição, passando a estratégia, segundo a dirigente do SITESE, pela «redução de funcionários».
Lusa/SOL
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