Delphi: Operários admitem formas de luta «mais rígidas»


Os trabalhadores da Delphi em Ponte de Sor admitiram hoje adoptar «formas de luta mais rígidas» caso se mantenha até terça-feira o impasse no processo negocial com a empresa em torno das indemnizações.
No plenário realizado hoje à tarde, os operários reiteraram a sua proposta de indemnização de 2,8 salários por cada ano de trabalho, na sequência do fecho da fábrica, no início de 2009, disse à agência Lusa o secretário-geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), José Simões.
De acordo com o sindicalista, os dirigentes da empresa, que hoje participaram nas negociações com os representantes sindicais dos trabalhadores, solicitaram um «período de tempo para ponderar», até terça-feira.
«Por isso, foi convocado um novo plenário para terça-feira, dia em que haverá decisões», garantiu o dirigente do SIMA.
No caso de se manter o impasse, sem acordo entre as partes, os trabalhadores, segundo José Simões, admitem adoptar «formas de luta mais rígidas», mas escusou-se a avançar a possibilidade de greve.
Os trabalhadores da Delphi rejeitam o valor apresentado pela administração, apesar de terem baixado a sua proposta de 3 para 2,8 salários por cada ano de trabalho.
A administração da multinacional norte-americana tinha subido o montante das indemnizações a atribuir aos trabalhadores de 1,8 para dois salários por cada ano de trabalho.
A fábrica de Ponte de Sor, que emprega 439 operários efectivos, além de cerca de 80 a contrato, produz apoios, mecanismos para portas de correr automatizadas e sistemas de protecção de ocupantes para vários modelos de veículos automóveis.
A unidade, segundo asseguraram à Lusa os sindicatos, deverá encerrar no primeiro trimestre de 2009.
Diário Digital / Lusa
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